Inocência destruída - capítulo 2

Eddie: se comporta, está bem? - disse parando o carro quando chegamos na escola, Eddie depositava alguma esperança em mim, eu só não sabia dizer por que. Ri leve com esse pedido -
Demi: você sabe que isso não vai acontecer! - falei olhando pra ele -
Eddie: pode pelo menos...tentar? - tentou chegar em um tipo de acordo -
Demi: esquece, Eddie! - abri a porta do carro e saí -

Tirei minha bolsa e meu casaco do banco do carona e fechei a porta, olhei em volta e era exatamente como eu imaginava: alunos separados em seus devidos grupinhos, atletas, nerds, idiotas, populares e...novos populares. Como eu pensei, rótulos.
Ouvi o carro de Eddie  deixar o estacionamento, mas não olhei para trás. Respirei fundo e comecei a atravessar o enorme estacionamento em que me encontrava, todos os olhares se voltaram subitamente ou curiosamente para mim, ou para o modo como eu andava, meu cabelo bagunçado, ou o cigarro que eu acabara de acender e estava fumando naquele momento. Seja como for, não dei a mínima pra isso.
xxxxx: com licença, nós estávamos conversando e podemos te ajudar se você quiser! - uma das líderes de torcida azeda se aproximou e se referia a ela e uma moreninha enjoada ao lado dela -
Demi: ajudar em...? - perguntei fingindo interesse, já que elas me barraram no meio do caminho -
xxxxx: com sua roupa, com certeza deve ser triste sair por aí desse jeito, podemos te ajudar! - a moreninha se pronunciou. Como eu suspeitava. Sorri ironicamente -
Demi: ah, claro, mas antes...pode me dar um gole do seu suco? Estou com uma sede! - e a otária sorriu e me entregou o copo. Eu bebi um gole e derramei o resto em cima delas que deram um grito histérico na hora -
xxxxx: SUA LOUCA!!! - a loira berrou -
Demi: isso é pra você aprender a ficar na sua, e olha...- peguei a barra da saia dela que também estava suja - até que você ficou bonitinha! - ri ironicamente outra vez e ela puxou a barra de volta com força - ui! - saí dali ainda sorrindo e sentindo todos os olhares espantados e ouvindo ruídos dos comentários ao longe -

Tudo o que te faz bem e agrada voa como o vento, você nem vê passar, mas o que não agrada...cada fração de segundo passa a ser um século, o fim não chega e quanto mais se presta atenção, mais torturante é. Assim foram minhas aulas naquele dia, cada batida dos ponteiros parecia estourar meus tímpanos pela lentidão que cada um tomava para acontecer...como eu disse, torturante!
O sinal finalmente finalmente soou em meus ouvidos e uma corrente de alívio percorreu meu corpo, como reação, um suspiro.
Saí pelo corredor totalmente tranquila com meu cigarro ainda acesso nos dedos, até ser barrada pelo diretor da escola.
Diretor: senhorita, não se pode fumar no ambiente escolar! - dizia em tom firme, como se aquele terninho preto de quinta fosse dar alguma moral a ele sobre mim -
Demi: tudo bem! - dei de ombros, joguei o cigarro apagado no lixo e estendi as mãos em rendição - satisfeito? - ele assentiu, eu sorri irônica e saí revirando os olhos -

Me encostei na parede do corredor e observar o movimento que se tornava cada vez mais intenso com o passar dos minutos do intervalo, minha perna dobrada e minha cabeça jogada pra trás denunciava o tédio que se apoderou de mim assim que adentrei essa escola opressora, como todas as outras, mas isso não justifica. Chegar a esse pensamento me fez ter inúmeras ideias de uma vez só para tentar ser expulsa daqui, mas algo me puxou para dentro de uma micro sala que havia ao lado e os segundos foram: respiração ofegante, luz apagada e um sorriso malicioso eu senti se dirigir à mim.
Demi: o quê...? - tentei formular uma pergunta, mas tamparam minha boca -
xxxxx: shhh! vi o que você fez com a Lola - soltou minha boca e eu franzi o cenho - a líder de torcida do estacionamento - entendi - e pensamos que talvez fosse uma boa te convidar pra festa que vai rolar hoje à noite na praia!
Demi: "pensamos"?
xxxxx: eu e uns amigos meus! - disse dando de ombros - hoje à noite. Na praia. Oito horas. Não se atrase! - daí a pessoa saiu, sem me dar chance nem de ver o rosto, mas pela voz era um homem -

Oito horas...é, eu não vou perder essa, pode ser legal, apesar de um completo estranho ter praticamente me ameaçado a ir, é de desafios que eu gosto. A mesmice me irrita e me dá sono, então estou no lucro, finalmente uma coisa interessante nessa droga de cidade!

Próximo capítulo...

Esse capítulo não foi tão grande quanto eu planejava, mas é mais elaborado e pra mim, como autora, estou mais satisfeita com esse! Espero que também tenham gostado, beijos!

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Respostas aos comentários anteriores:

Vicky ∞ : obriga amore, aí vai mais um pra vocês, espero que goste, bjs!

alessandrademi : não é exatamente por que a Dallas morreu, mas sim o que aconteceu com a falta dela, você vai entender mais tarde! que bom que gostou, amore, bjs!

baby_monster : obrigada amorr, espero que também goste desse!bjs

Vitoria Oliveira : que bom amore, mas eu não vi você na caixa de seguidores, espero te ver mais por aqui! e que goste desse também!bjs