sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Inocência destruída - capítulo 15


Flashback on

- Mãe, quem é esse cara? - Demi perguntou desconfiada e com medo ao ver a mãe com um sorriso maldoso no rosto conversando com um homem, aparentemente bêbado, na sala de estar da antiga casa onde moravam. A garota tinha apenas 15 anos na época e estava assustada, pois Dianna apresentara problemas com drogas recentemente.
- É um amigo da mamãe, filha! - Dianna respondeu. Ela parecia mal ter consciência de seus atos.
- Essa é a preciosa, Dianna! - o tal homem perguntou sorrindo de um jeito que fez Demi estremecer e engolir seco.
- Sim, quer experimentar a mercadoria? Meu marido não tá em casa! - Dianna ofereceu se referindo à Demi.
- Claro! - o homem respondeu indo em direção à filha da mulher sentada no sofá.

Flashback off

Eu quero vomitar.
Sempre sinto isso quando essa lembrança volta. Aquele homem se aproximou de mim e me estuprou ali mesmo, na frente de Dianna. Ela não fez nada, apenas sorria.
Depois ela me forçou a entrar no ramo da prostituição para conseguir dinheiro pros malditos pacotinhos de droga dela. Ela se afundava nisso como consolo pela morte da preferida. Mas eu não podia dizer nada à Eddie, ela me batia se eu o fizesse.
Quando ele descobriu, denunciou os criminosos e internou Dianna, até hoje não entendo porque não se separou de vez dela. Desde então ignorar e me rebelar pareceu mais fácil do que encarar.
Eu não acreditei de primeira quando me disseram que era ela largada no meio da rua e toda machucada daquela maneira, pensei que fosse piada, alguma brincadeira, mas era verdade.
A ambulância chegou e logo estávamos a caminho do hospital. Eu estava aflita, sabia que ela corria um risco muito grande, mas acho que a maior parte era culpa.
Dianna: filha... - ouvi sua voz rouca -
Demi: oi, Dianna! - eu não controlava minhas feições e agora estava com os olhos encharcados e encarando-a -
Dianna: não...me chame de mãe...por favor! - pediu e eu senti meu orgulho descer garganta abaixo -
Demi: mãe! - lágrimas desceram por meu rosto nesse momento enquanto ela segurava minha mão como podia. Observei o ato com ternura e ela sorriu fraco -
Dianna: eu sei que...não fui a mãe que você queria, mas...me perdoa? - implorou chorando também. Algo me dizia que aquilo era uma despedida -
Demi: eu te perdoo! - respondi sincera. Senti mais lágrimas descerem e vi outro sorriso nascer naquele rosto muito machucado - mãe!
Dianna: eu te amo, filha... - ela ainda chorava -
Demi: eu também!

Chegamos no hospital finalmente, os médicos logo a levaram para dentro de uma sala onde não permitiram minha entrada, então fiquei esperando, aflita, roendo as unhas. Depois de uns vinte minutos, Eddie chegou, estava na recepção para conseguir informação, mas assim que me viu veio correndo até mim e me abraçou.
Eddie: como ela tá?
Demi: eu não sei, eles só entraram com ela e até agora não me disseram nada! - ele percebeu minha aflição pela minha voz e me abraçou de novo -
Eddie: vai ficar tudo bem! - tentou me acalmar -
Demi: ela me salvou...pai!
Eddie: ô, minha filha! - pude perceber que ele sorriu, mas já chorava também -

Esperamos mais ou menos uma hora ou duas, não sei ao certo, até que homem de jaleco branco com uma prancheta na mão quis falar com Eddie a sós, preferência dele. Fiquei vendo de longe os dois conversando e esperando ansiosa por qualquer sinal de uma boa notícia, mas...nada. Quando ele voltou parecia meio hesitante.
Demi: e então, o que ele disse? - perguntei ansiosa e vi Eddie me encarar triste -
Eddie: ela...morreu... - não... - sinto muito, querida!

Eu queria dizer alguma coisa, pelo menos um "meu Deus...", mas nada saía, como se todas as palavras simplesmente sumissem e eu não me lembrasse mais de nenhuma delas. Pus as mãos na boca para abafar meu grito de dor. As lágrimas eram impossíveis de ser controladas agora, mas eu não deixei que Eddie me consolasse. Andei pelo corredor de cabeça baixa sentindo a culpa me consumir como um veneno insuportável, se eu tivesse dado apenas uma chance...
Vi Joe em um dos corredores, nem parei para pensar no porque dele estar ali vestindo um terno preto que estava completamente desarrumado, só corri e o abracei com toda força que encontrei deixando minhas lágrimas ensoparem sua roupa. Ele retribuiu.
Joe: feliz aniversário, pequena! - sussurrou afagando meus cabelos e me ouvindo soluçar - eu sinto muito...

Próximo capítulo...

Me desculpem a falta de criatividade nas respostas, to muito cansada porque to estudando pra passar num concurso, me desejem sorte!:D
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Respostas aos comentários anteriores:
alessandrademi : eu não fiquei muito satisfeita com esse capítulo, mas que bom que você gostou, linda!:)
bjs

Sammy Santos : kkkk
espero que tenha conseguido entender!
Bom, se eu responder isso vou estragar a surpresa!kkkk
bjs

Fernanda : tem razão e elas se acertaram!:D
bjs

Vitoria Oliveira : ooowwwnnt, obrigada, amore!
Pois é, ela foi, espero que não tenha sido pesado demais!kkk
tá tudo bem linda, fico feliz por ter voltado!;)
bjs

4 comentários:

  1. tadinha da demi,justo no aniversário dela.
    mesmo se ela fez isso com a demi,ela era
    a mãe dela,acima de tudo.
    deve ser horrível perder a
    própria mãe.
    posta logo.
    beijos.

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  2. Um aniversario e tanto hein!
    Consegui me atualizar e... Ta FODA! Gente eu não sei por que me atrasei tanto...
    Mto perfeito mesmo... Até o proximo! Vou fazer curso só ano que vem! Boa sorte para vocÊ :)

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  3. Coitada da Demi, faz anos e perde a mãe ao mesmo tempo... pelo menos esta consolar a Demi.
    Boa sorte no curso, mas o que será que vai acontecer?
    Posta logo
    beijos

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  4. o my god, mano essa lembrança de estupro me fez sentir péssima, sei la, eu odeio esse tipo de coisa, ja sofri abuso, eu sei como é repugnante e como agente se sente culpada, indgna, que morram com uma tora no boga todos os homems que um dia ousaram estuprar ou abusar de uma mulher!

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