sábado, 9 de fevereiro de 2013

Inocência destruída - capítulo 21 - parte 2


Marry: não há razão pra vocês não serem casados e não aproveitarem suas juventudes ao mesmo tempo!
Demi: mas e a vida a dois!
Chelsea: é mais que óbvio que vocês dois possuem tudo o que é necessário pra dar esse passo, por que esperar? - eu respirei fundo -
Demi: vocês tem toda razão! - admiti sorrindo, não sei porque pensei o contrário -
Marry: e então, vão querer bolinhos? - voltou pro fogão, descontraindo a conversa -

(...)

Eddie: posso entrar? - disse, batendo na porta e sorrindo - nossa, você está...linda!
Demi: obrigada, pai! - sorri de volta -
Eddie: é...você cresceu! - ele ia chorar, meu Deus! -
Demi: não, pai, não chora! Se não eu vou chorar também! - pedi e ele riu, limpando as lágrimas -
Eddie: eu só queria dizer que estou muito feliz por você, apesar de tudo, você está aí, firme e forte, e vai se casar! Estou muito orgulhoso de você, minha filha!
Demi: eu tive quem me ajudasse a superar! - o abracei -
Eddie: vamos? Os convidados já estão nos esperando! - ergueu o braço e eu o segurei -

Todos estavam lá, os colegas de escolas, parentes distantes e até alguns moradores de Dallas. Era um dia especial, não apenas pra mim, eu tinha certeza disso. As coisas tomaram um rumo bem diferente na minha vida e cada detalhe eu aprendi a apreciar, afinal, são esses momentos que as coisas ruins tornam inesquecíveis e são nessas horas que a garotinha de 15 anos volta.
Cheguei ao altar e ganhei um beijo na bochecha de meu pai, deixei meu buquê de flores com Marry, que era a madrinha do casamento e estava ao lado do altar, e segurei as mãos de Joe. Ele estava incrivelmente lindo em mais um de seus ternos que retiravam toda aquela aparência de nerd e botava em seu lugar um homem, sim, um homem, que eu amava e sentia em cada parte do meu ser, em cada respiração diária que amaria pelo resto da vida. Meu homem.
Via nos olhos dele que ele tinha certeza daquilo tanto quanto eu e se eu o tinha do meu lado, não precisava de mais nada para me sentir convicta desse grande passo.
Eu não tinha a menor ideia do que o padre falava, mas como eu prestaria atenção com toda essa felicidade explodindo em mim? Uma felicidade que a muito tempo não sentia.
Padre: os votos! - tudo bem, isso eu escutei e congelei na hora porque não tinha preparado nada! -
Joe: relaxa, fala com o coração! - disse, como se percebesse meu nervoso e eu sorri, respirando fundo -
Demi: todo mundo precisa de uma inspiração, todo mundo precisa de uma alma...
Joe: uma bela melodia, quando a noite é tão longa...
Demi: porque não há garantia que essa vida é fácil...
Joe: eu vejo a verdade, eu vejo o perdão...
Demi: você me ama pelo que sou...
Joe: como as estrelas abraçam a lua...
Demi: e bem ali onde elas devem estar...
Demi/Joe: eu sei que não estou só!

Todos aplaudiram de pé quando terminamos e o padre deu a benção, então nos beijamos, com mais verdade e carinho que nunca, mesmo com todos os aplausos, pra mim, só havia eu e ele ali, mais ninguém!
A festa estava linda, todos se divertiam e sorriam animados. Eu e Joe apenas dançávamos lentamente, abraçados.
Trace: parabéns, Demi! - surgiu de repente, sorrindo -
Demi: obrigada, Trace! - sorri leve pra ele que saiu -
Joe: é, tudo termina bem quando acaba bem! - disse e eu ri, voltando a envolver seu pescoço com meus braços -
Neithan: parabéns, Joe!
Joe: oi, Neithan! - desfez o abraço e bagunçou o cabelo do garoto, eu sorri - quem veio com você?
Neithan: o pessoal do orfanato, eles sabem que você é meu melhor amigo!
Joe: obrigada, cara! - fez um toque de mãos esquisito com ele enquanto eu apenas observava, rindo, então uma ideia me veio à mente -
Demi: Neithan, o que você acha de em vez de melhor amigo, o Joe ser seu pai? - os dois me encararam confusos -
Joe: como assim?
Demi: estou falando de adoção!
Neithan: SÉRIO?? - perguntou, os olhinhos brilhando de felicidade e eu assenti sorrindo - LEGALL!! - nos abraçou e saiu pulando -
Joe: você é incrível! - sussurrou pra mim antes de me segurar pela cintura e me beijar -

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